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06/Fev/2020

China está importando soja do Brasil e Argentina

A China efetivou novas compras de soja do Brasil e da Argentina. Relatos do mercado apontam a aquisição de dez cargas da oleaginosa da América do Sul pelo país asiático. As compras teriam ocorrido recentemente, após o surto de coronavírus na China. Tradicionalmente, os chineses adquiriam soja oriunda dos Estados Unidos no inverno (no Hemisfério Norte, ou seja, agora). O grão sul-americano era comprado apenas na primavera, a partir de março. Esse fluxo, contudo, ficou alterado após a intensificação da disputa comercial entre China e EUA, quando o gigante asiático reduziu a importação do produto norte-americano. Por um lado, a notícia de novas compras do grão pelo país asiático pode ser altista para os contratos futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago (CBOT).

Afinal, isso reduz o medo de que o país, devido à disseminação do coronavírus e a interrupções associadas às cadeias de processamento e suprimento, possa não fazer compras no momento, ou até mesmo não receber as encomendas já fechadas, citando motivo de força maior. Por outro lado, o fato de a China continuar adquirindo soja sul-americana em detrimento da norte-americana pode exercer pressão baixista nas cotações do grão na Bolsa de Chicago, que é balizada principalmente pela oferta e demanda norte-americanas. Portanto, não está claro sobre quando e como a China cumprirá seus compromissos acertados na fase 1 do acordo comercial com os Estados Unidos.

Conforme o que foi tratado, a China prometeu, entre outras medidas, comprar um adicional de US$ 32 bilhões em produtos agrícolas dos EUA - em comparação com o ano-base 2017 - nos anos 2020 e 2021 (incluindo US $ 12,5 bilhões em 2020). Em 2017, a soja perfazia mais da metade das importações de produtos agrícolas feitas pela China dos EUA, somando US$ 24 bilhões. Até agora, os EUA parecem estar vendo a relutância da China em comprar o que quiser. Desde o início do ano, a ausência de compras significativas de soja norte-americana pela China vem pressionando as cotações da oleaginosa em Chicago. Os traders esperavam que após a assinatura do documento da primeira fase o país fosse adquirir volume expressivo do grão dos EUA como sinal de cumprimento do acordo. No acumulado do ano, os futuros da soja na Bolsa de Chicago caíram 8%, sendo negociados atualmente abaixo dos US$ 9,00 por bushel. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.