03/Fev/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa na sexta-feira (31/01), pressionados novamente por temores quanto a continuidade das importações da China após o surto do coronavírus. Esta foi a nona retração consecutiva nas cotações da oleaginosa. O vencimento março da caiu 3,75 cents (0,43%), para US$ 8,7250 por bushel. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) acredita que o surto de coronavírus deve limitar, de fato, as compras de produtos agrícolas norte-americanos pelo mercado chinês.

Já era difícil matematicamente descobrir se a China realmente cumpriria esse compromisso acertado na primeira fase do acordo comercial. Agora, a situação se deteriorou mais do lado da demanda. Pelo acordo, os chineses se comprometeram em comprar US$ 36 bilhões em exportações agrícolas americanas em 2020, mas não foi definido um cronograma específico para essas aquisições, o que trouxe dúvidas aos traders. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência global sobre o coronavírus, mas o órgão não recomendou a limitação do comércio e de logística devido ao surto.