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31/Jan/2020

Preços da soja sustentados pela forte alta do dólar

Os preços da soja seguem sendo pressionados no Brasil pela sequência de queda dos futuros em Chicago. O dólar em patamares cada vez mais elevados vai compensando parcialmente as baixas das cotações externas. O dólar atingiu um recorde, marcando R$ 4,27 durante o dia no mercado à vista, refletindo a busca de proteção por investidores e tesourarias de bancos no mercado de derivativos (NDF) de balcão. O catalisador da demanda é a nova onda de aversão ao risco em função da disseminação rápida do coronavírus.

As incertezas em relação às vendas de soja dos Estados Unidos para a China após a conclusão da Fase 1 do acordo comercial, além da valorização do dólar ante o real no Brasil e o fraco desempenho do óleo de soja contribuíram para que os futuros de soja fechassem em baixa pela oitava sessão consecutiva na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira. O contrato março/2020 caiu 1,88%, para US$ 8,76 por bushel, se distanciando cada vez mais do patamar de US$ 9 por bushel. O avanço do coronavírus na China ainda foi motivo de apreensão, mas os esforços globais e do país asiático para conter a doença parecem ter aliviado o sentimento de aversão a risco na CBOT.

No mercado doméstico, nos Campos Gerais, no Paraná, a negociação de soja segue lentamente, com produtor afastado em função da queda de preços da oleaginosa. A indicação no spot é de R$ 83,00 por saca de 60 Kg CIF fábrica em Ponta Grossa, com entrega em fevereiro e pagamento em 28 do mesmo mês. Para a soja da safra 2020/2021, saem negócios a R$ 85,00 por saca de 60 Kg CIF para entrega em abril e pagamento em 5 de maio de 2021. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, a comercialização patina. Nos últimos 15 dias, o preço acumula uma baixa de R$ 5,00 por saca de 60 Kg. Há indicação de R$ 75,00 por saca de 60 Kg CIF Campo Verde, com entrega imediata e pagamento em 12 de fevereiro.