29/Jan/2020

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as preocupações quanto ao possível impacto do surto de coronavírus sobre a demanda chinesa por commodities empurrou as cotações futuras para abaixo da linha de US$ 9 por bushel. No mercado doméstico, os preços recuaram em algumas regiões. A colheita da safra de soja 2019/2020 no Brasil alcançou 5% da área cultivada, contra 14% no mesmo período do ano passado. Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, onde a colheita já começou, as multinacionais oferecem R$ 70,00 por saca de 60 Kg para retirada imediata e pagamento em final de fevereiro.

Com o avanço da colheita nas próximas semanas, os preços devem continuar o movimento de queda. Já para retirada em abril e pagamento em maio, há ofertas de compra a R$ 73,00 por saca de 60 Kg. Para a safra 2020/2021, as indicações de compra estão em R$ 74,00 por saca de 60 Kg para entrega em janeiro de 2021 e pagamento em 30 dias e em R$ 72,00 por saca de 60 Kg para entrega em fevereiro e pagamento em 30 dias.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os compradores indicam entre R$ 83,00 e R$ 84,00 por saca de 60 Kg para retirada imediata e pagamento em fevereiro. As indústrias do mercado interno precisam da soja para consumo imediato nas produções de óleo e de farelo. Já para entrega e pagamento em maio, a indicação de compra em Passo Fundo é de R$ 80,00 por saca de 60 Kg. Como os produtores já venderam maior parte da safra antecipadamente, o comprador deve precisar ceder ao valor para suprir necessidades pontuais. No porto, para os mesmos prazos, a referência nominal de compra é de R$ 86,00 por saca de 60 Kg.