23/Jan/2020
Os futuros de soja fecharam em leve baixa nesta quarta-feira (22/01) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pela expectativa de produção volumosa no Brasil e pelo ceticismo de traders em relação às compras chinesas de produtos agrícolas dos Estados Unidos. O vencimento março recuou 2,25 cents (0,25%) e fechou a US$ 9,13 por bushel. Os preços devem continuar fracos por pelo menos mais duas semanas, com a demanda asiática abaixo da expectativa e a previsão de ampla oferta do Brasil. O País é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve colher uma safra recorde em 2019/2020.
Vale mencionar que o forte aumento da oferta brasileira vai começar em duas ou três semanas, quando a colheita chega ao mercado. Desde que Estados Unidos e China assinaram a fase um do acordo comercial entre os dois países, na semana passada, os preços da soja recuaram cerca de 3%, com traders prevendo que as compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos vão ficar abaixo do que foi acertado. As perdas foram limitadas pela depreciação do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, e pelo avanço do óleo de soja. O derivado, por sua vez, acompanhou o desempenho do óleo de palma, que vem subindo com a menor produção e a forte demanda na Malásia. Os dois óleos são concorrentes em alimentação e na fabricação de biodiesel.