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17/Jan/2020

Acordo EUA-China: impacto será limitado no Brasil

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), a China continuará buscando soja no mercado brasileiro mesmo após o acordo comercial sino-americano e o Brasil pode recuperar espaço na Europa e em outros países da Ásia. Nos últimos anos, com a guerra comercial, a China adquiriu grandes volumes de soja brasileira, deslocando parte da demanda de outros países para os Estados Unidos. Os produtores brasileiros já sabiam que em algum momento Estados Unidos e China chegariam a um consenso, mas a China não tem como se abastecer só nos Estados Unidos. No curto prazo, a oferta norte-americana é menor após a quebra de safra do país em 2019/2020, e para os próximos anos a capacidade dos Estados Unidos de aumentar a produção de forma expressiva é limitada.

Os Estados Unidos fizeram um acordo para levar a soja para a China, mas não têm soja suficiente para entregar. E o Brasil é protagonista na produção. O País caminha para se tornar o maior produtor mundial com a colheita da safra 2019/2020. Pode ter algum impacto no início, mas nada de relevante. Além de a soja brasileira ter preço atrativo no mercado internacional, conta com maior teor de proteína e óleo do que a norte-americana. Mais de 50 milhões de toneladas da safra que começa a ser colhida no País já foram negociadas. Isso dá uma vantagem para o Brasil. O Brasil tem corredores logísticos interessantes. A China vai retomar compras nos Estados Unidos, que estavam paradas, mas isso é interessante para o mercado, pois não fica essa reserva parada que pode sair dos armazéns a qualquer hora.

Com a volta do mercado à situação pré-guerra comercial, países que se voltaram para os Estados Unidos vão voltar a recorrer à soja do Brasil, como Europa e outras nações asiáticas, como Indonésia, Vietnã e Japão. A soja é o meio de proteína mais barato para alimentação de animais do mundo, então dificilmente o Brasil ficará com soja represada. O produtor brasileiro é mais competitivo do que os outros e a qualidade do produto nacional é melhor, o que dá vantagem ao País. O acordo comercial também favorecerá os preços futuros na Bolsa de Chicago. Nos últimos anos, as cotações internacionais foram pressionadas pelo embate entre Estados Unidos e China. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.