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09/Jan/2020

Preços da soja estão firmes no mercado doméstico

No mercado físico brasileiro, os preços da soja seguem firmes, com prêmios estáveis nos portos e dólar no patamar de R$ 4,04. Os futuros de soja fecharam em leve alta nesta quarta-feira (08/01) na Bolsa de Chicago. Traders continuaram ajustando posições antes do relatório mensal de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará nesta sexta-feira (10/01). O vencimento março ganhou 3,25 cents (0,34%) e fechou a US$ 9,47 por bushel. Dúvidas sobre a demanda chinesa e a assinatura da “fase 1” do acordo comercial entre Estados Unidos e China pesam sobre os futuros de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) e os investidores seguem ajustando posições antes dos relatórios que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará na próxima sexta-feira (10/01). O vice-ministro de Agricultura da China, Han Jun, afirmou que o país não elevará sua cota anual de importação de grãos dos Estados Unidos, o que seria uma promessa para a assinatura da primeira fase do acordo comercial entre os dois países.

Agricultores norte-americanos estão ansiosos para saber se o texto do acordo contém mesmo um compromisso firme da China de elevar as compras. O senador republicano Chuck Grassley, de Iowa, disse que o texto será divulgado somente após a assinatura, prevista para o dia 15 de janeiro. Além das dúvidas sobre a assinatura do acordo entre EUA e China, há incertezas para os mercados agrícolas e financeiros com a crise entre EUA e Irã. Apesar da expectativa com a ida da comitiva chinesa aos EUA e assinatura do acordo na semana que vem, a China não está comprando volume expressivo nos EUA. A declaração do negociador agrícola chefe do lado dos EUA, Gregg Doud, de que a China poderá comprar até US$ 40 bilhões em produtos agrícolas dos EUA neste ano está sob uma nuvem de incerteza à medida que a assinatura do acordo da “fase 1” se aproxima. Os mercados permanecerão céticos, com base no histórico ruim da China em manter acordos previamente negociados.

A oferta sul-americana também pesa sobre o mercado, especialmente após as chuvas recentes no Brasil. A cada dia que passa a safra da América do Sul vai se consolidando. No mercado brasileiro, no norte do Paraná, saem negócios por R$ 84,60 por saca de 60 Kg para retirada imediata e pagamento em meados de fevereiro. Para entrega imediata nos terminais ferroviários do norte paranaense, o comprador oferece R$ 85,00 por saca de 60 Kg, com pagamento no fim de janeiro. No Porto de Paranaguá, para entrega em fevereiro e março, com pagamento em abril, a oferta é de R$ 87,20 por saca de 60 Kg. Para entrega em abril e pagamento em maio, a referência de compra está em R$ 87,70 por saca de 60 Kg. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os estoques escassos fazem com que surjam poucas ofertas no mercado disponível e comprador aguarda a safra para começar negociações. A referência para retirada imediata e pagamento em 15 de fevereiro é de R$ 79,00 por saca de 60 Kg.