07/Jan/2020

No mercado físico brasileiro, os preços estão firmes, com prêmios estáveis nos portos brasileiros, futuros em alta em Chicago e alta do dólar. Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta segunda-feira (06/01). Os ganhos foram sustentados por notícias de que uma delegação chinesa deve viajar para os Estados Unidos na próxima semana para a assinatura da chamada “Fase 1” do acordo comercial entre os dois países. O vencimento março da oleaginosa ganhou 3,25 cents (0,35%) e fechou a US$ 9,44 por bushel. O dólar registrou leve alta ante o Real, na 3ª sessão consecutiva de ganhos, com a carência de notícias locais mantendo o foco de operadores na cena externa ainda impactada pela escalada em tensões geopolíticas. O dólar subiu 0,22% nesta segunda-feira (06/01), para R$ 4,0643.

Tanto a demanda interna brasileira quanto a procura internacional deverão manter os preços da soja no patamar base de R$ 90,00 por saca de 60 Kg FOB Paranaguá ao longo deste semestre. Nem mesmo a assinatura da “fase 1” do acordo entre Estados Unidos e China deve afetar esse patamar, já que outros fatores irão contrapor uma possível migração da demanda chinesa para a soja americana. Haverá novo aumento do percentual de mistura do biodiesel ao diesel (puxando a demanda de óleo de soja) e a exportação de produtos de alto valor agregado, como é o caso das proteínas animais, irão auxiliar na manutenção de preços remuneradores para o farelo de soja no Brasil. Além disso, com os estoques de passagem muito baixos, até mesmo uma safra recorde não refletiria em grandes quedas de preços.