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17/Dez/2019

Brasil deseja exportar farelo de soja para a China

A expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para 2020 é de abertura de mercados para produtos brasileiros. O Ministério da Economia vai atuar de forma proativa na abertura de mercados. Haverá um trabalho intenso para produtos de maior valor adicionado. A intenção de vender farelo para a China tem a ver com essa visão. O comércio do setor brasileiro comércio com a China não é completo e precisa incluir farelo também. A expectativa era de que os protocolos fitossanitários de exportação de farelos de soja e algodão fossem anunciados concomitantemente.

Na visita do presidente Jair Bolsonaro à China, foi anunciado o protocolo do farelo de algodão, mas na visita do presidente Xi Jinping ao Brasil não foi anunciado o de soja. Havia questões técnicas a resolver. Por enquanto, a minuta do protocolo fitossanitário da exportação de farelo de soja continua em discussão entre os governos brasileiro e chinês. Para o farelo de algodão, empresas brasileiras estão se organizando para começar a exportar para o país asiático. O grande desafio é montar uma cadeia de fornecimento de variedades autorizadas nos dois países. Para o farelo de soja, a expectativa é de que a China absorva uma parte, ainda que pequena, do volume adicional que está sendo produzido do derivado com o aumento da produção de óleo para biodiesel. Do lado da demanda, o Brasil não tem a visão de que a China vai trocar a soja pelo farelo do Brasil.

Existe a perspectiva de que o esmagamento para biodiesel traz uma oferta interessante de farelo. A indústria brasileira poderia colocar o farelo no mercado chinês de forma competitiva com esse volume extra. Para atender ao B15, em 2023, o País terá que esmagar 9 milhões de toneladas a mais do que em 2019. Haverá uma oferta de farelo importante para gerar o óleo necessário. Se a China importasse de 1 milhão a 2 milhões de farelo brasileiro por ano, isso já teria um impacto positivo para a indústria brasileira. O mercado interno de farelo também deve ser positivo em 2020 graças à demanda externa firme por proteína animal do Brasil. A produção de carnes vai ter que dar resposta à maior demanda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.