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20/Nov/2019

Evolução do plantio da safra de soja 2019/2020

O plantio da safra de soja 2019/2020 atingiu 68,5% da área estimada para o Brasil, até o dia 15/11 (sexta-feira). O número representa avanço de 10 pontos porcentuais em uma semana, mas ainda está atrás dos 83,5% do mesmo período do ano passado e dos 72,0% da média dos últimos cinco anos. Os atrasos no plantio da soja deverão impactar na semeadura do milho 2ª safra de 2020, dentre da janela considerada ideal, em alguns pontos do País. No Paraná, o plantio da soja na safra 2019/2020 atingiu 89% da área estimada, 10% a mais do que há uma semana. As lavouras estão em condições boas (77%), médias (19%) ou ruins (4%); e em fase de germinação (18%), desenvolvimento vegetativo (79%) e floração (3%). No norte do Estado, 33% da área já plantada tem condições ruins, mas a expectativa é de que as lavouras melhorem com as chuvas. No oeste do Paraná, algumas áreas semeadas em setembro e outubro estão antecipando o ciclo por causa do estresse causado por falta de umidade e temperaturas elevadas.

Na semana passada, porém, as condições do tempo melhoraram na região. Entretanto, o Paraná só voltará receber chuvas expressivas apenas na próxima semana. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há um bloqueio na atmosfera que impede que o corredor de umidade, que atualmente está atuando na região Central, Sudeste e pontos da região Norte do país, desça para a região Sul do Brasil. Dados do Inmet indicam que as chuvas devem chegar apenas a partir do dia 24, mas ainda com volumes baixos, de até 12 mm de precipitação em todo estado do Paraná. A partir do dia 25, as chuvas avançam ao norte do país e as previsões indicam também baixos volumes, entre 5 mm e 7 mm no norte do Paraná. A partir do dia 26 uma nova frente chega sobre a Região Sul, mas ainda com volumes expressivos apenas no Rio Grande do Sul, que pode ter precipitações de até 60 mm no extremo sul do estado.

Santa Catarina e Paraná permanecerão sem chuvas expressivas. As previsões preocupam os produtores do Paraná, que já sofreram com os impactos dos atrasos de chuvas para o plantio da safra 2019/2020. Neste momento, a falta de chuvas volta a preocupar para o desenvolvimento da soja. No Rio Grande do Sul, o excesso de umidade segue atrapalhando a implantação das lavouras de soja. Em Mato Grosso, principal Estado produtor, 98% da área está plantada. As chuvas vêm garantindo boas condições de desenvolvimento às lavouras em praticamente todo o Estado. Algumas áreas isoladas devem ser colhidas já no final de dezembro. No entanto, a maior parte da colheita do Estado deve começar a partir de meados de janeiro. A área plantada também avançou em Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, porém, ainda com atrasos nesses Estados e necessidade de replantios em alguns pontos de Mato Grosso do Sul e Goiás, já que as chuvas, mesmo tendo melhorado, foram irregulares em parte das áreas produtoras.

Em Mato Grosso do Sul, há um atraso de 27% em relação à safra passada, devido ao baixo volume de chuva. Esse atraso no plantio deverá impactar negativamente na 2ª safra de milho do Estado, uma vez que as janelas de semeadura ficarão prejudicadas. Para se atingir a máxima produtividade do milho em Mato Grosso do Sul, a maioria do estado deveria semear o milho até o dia 10 de março. Entretanto, considerando os ciclos de cultivares utilizados pelos produtores na safra de soja e a época de plantio, a estimativa é de que 30% do milho deverá ser plantado fora dessa janela, ficando sujeito a perdas por possíveis geadas, muito comum nos meses de junho e julho, principalmente ao sul do Estado. Os trabalhos estão mais lentos do que o normal no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), em virtude da falta de umidade que ainda predomina em algumas regiões desses Estados.

Elaboração: Cogo Inteligência em Agronegócio.