23/Out/2019

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago devolveram ganhos e fecharam perto da estabilidade pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira (22/10). Os preços chegaram a subir 1,2% no início da sessão, com a expectativa de novas compras chinesas, mas esse otimismo não se sustentou. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 0,75 cent (0,08%) e fechou a US$ 9,34 por bushel. Segundo a Reuters, o governo chinês ofereceu isenção de tarifas a importadores da China ou a tradings estrangeiras com plantas no país para a compra de até 10 milhões de toneladas de soja norte-americana. Se esse rumor for verdadeiro, importadores da China devem buscar soja em dezembro, janeiro e fevereiro.

Esse é período em que o Brasil deve estar sem soja, aguardando a colheita da safra nova. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, ajudou a manter os preços em terreno positivo. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 54% da safra de soja do país tinha condição boa ou excelente até a semana passada, sem variação ante a semana anterior. Da safra, 94% tinha queda de folhas, ante 97% na média de cinco anos. Além disso, 46% da safra tinha sido colhida, em comparação a 64% na média.