14/Out/2019
Segundo a Bolsa de Chicago, o prêmio positivo da soja brasileira sobre a norte-americana, ou seja, a diferença entre o preço do bushel no Brasil e nos Estados Unidos, não deve voltar ao nível máximo recente, de US$ 2,50 por bushel a mais para o produto brasileiro, a não ser que haja grandes imprevistos, como questões de clima ou políticas. Entre os motivos está a demanda menor da China pelo produto brasileiro em decorrência da peste suína africana (PSA), que tem reduzido os plantéis locais e a necessidade de ração animal.
A disputa comercial entre Estados Unidos e China afetou o preço da soja na Bolsa de Chicago, favorecendo o Brasil. Os futuros de soja tiveram negociação recorde em 4 de abril de 2018 após a China anunciar retaliação a tarifas norte-americanas. Foi um volume recorde de 800 mil contratos negociados no dia, quase 108 milhões de toneladas. A projeção é de a produção de soja e milho na Argentina na safra 2019/2020 deve diminuir. No Brasil, a expectativa é oposta.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sinalizou ampla safra no País, com possibilidade de se tornar maior produtor e exportador global de soja. O mercado deve se manter atento ao relatório de janeiro de 20202 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os países que precisam de grãos para alimentar animais, por exemplo, devem ficar atento porque esse relatório pode ter influência nos preços. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.