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18/Set/2019

Preços globais da soja e milho estão pressionados

De acordo com o Rabobank, em relatório trimestral sobre commodities agrícolas divulgado nesta terça-feira (17/09), os preços da soja e do milho, negociados na Bolsa de Chicago, devem continuar pressionados no curto prazo. Nos próximos meses, as cotações dos futuros de soja devem permanecer abaixo de US$ 9,00 por bushel, caso a safra da América do Sul ocorra dentro da normalidade. O ambiente de incertezas decorrentes da indefinição da guerra comercial entre China e Estados Unidos tem gerado limitações de ganhos na Bolsa de Chicago. Isso ocorre mesmo com a perspectiva de que os Estados Unidos produzam abaixo das 100 milhões de toneladas em 2019 devido a perdas pelo clima e redução de área, o que significaria retração superior à 25% frente ao observado no ciclo anterior.

Além do conflito comercial entre Estados Unidos e China, a epidemia da peste suína africana (PSA) também prejudicou as importações chinesas de grãos, que são utilizados para ração animal. A projeção é de que a China importe entre 80 milhões e 82 milhões de toneladas do grão em 2019, ante 88 milhões de toneladas adquiridas em 2018. O principal ponto é que, sem a demanda da China, os estoques norte-americanos tendem a se manter elevados nesse próximo ciclo mesmo com a menor produção. A estimativa é de uma queda nas reservas internas de soja dos Estados Unidos, do recorde de 29 milhões de toneladas na safra 2018/2019 para 21 milhões de toneladas ao fim da safra 2019/2020.

Diante do cenário internacional, a comercialização da safra 2019/2020 deve ser desafiadora para os produtores brasileiros. A indefinição da guerra comercial e os estoques elevados na Argentina têm limitado avanços significativos nos prêmios de exportação para vencimentos próximos à colheita da safra 2019/2020 no Brasil. Somente o câmbio, com o dólar acima do patamar dos R$ 4,10, tem contribuído para os preços da oleaginosa no mercado local. A próxima safra brasileira também tende a ser marcada por uma margem operacional mais apertada. A margem da safra 2019/2020 deve ficar em 30%, em comparação com 35% na média das últimas cinco safras. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.