16/Set/2019
Os produtores de soja participantes de Rede de Pesquisa do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) tiveram nos últimos cinco anos produtividade média 30% maior do que a mostrada pelos levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Rede de Pesquisa, composta por 18 instituições, entre elas fundações, universidades, consultores e centros de estudos, constatou que algumas práticas levaram as lavouras a responder de forma positiva em termos de aumento de produtividade por unidade de área. Os estudos e observações revelam que a média produtiva de soja chega a ser de 6% a 8% maior, associando semente de qualidade (vigor maior que 85%), velocidade de plantio entre 5 Km/h a 6 Km/h e distribuição pneumática das sementes.
A forma de distribuição dos fertilizantes também influencia no sucesso da lavoura. Nesse contexto, cabe ressaltar que os mesmos estudos apontaram uma correlação positiva entre profundidade de fertilizante aplicado e produtividade. Os resultados sugerem que o arranjo espacial das plantas é primordial para garantir uma boa safra. Em ambientes com média produtiva superior a 75 sacas de 60 Kg hectare, a utilização de cultivares engalhadas e população reduzida apresentou médias produtivas iguais ou maiores quando comparadas com o manejo utilizando população recomendada para o cultivar em questão. A correção química do solo com calcário se mostrou como uma aliada no ganho de produtividade da cultura. A relação foi direta. Ou seja, quanto mais profunda a correção no perfil de solo, maior foi a produtividade.
Esses resultados revelam tendências que servem como um indicativo de como a cultura de soja pode responder às condições específicas de manejo. A partir desses resultados uma nova era de agricultura vai se delineando, surgindo várias modalidades de agricultura: de posicionamento estratégico de material genético, de formação de raiz em profundidade, etc. Embora possam ser modalidades de agricultura distintas, elas se mostram conectadas entre si com um objetivo comum: o aumento da produtividade com sustentabilidade e rentabilidade. Os estudos ocorreram nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Bahia, São Paulo e Minas Gerais, que são os principais produtores da oleaginosa no Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.