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12/Set/2019

MT: safra maior de grãos não eleva rentabilidade

Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), o aumento da produção de grãos na safra 2018/2019, em particular de milho, não deve melhorar os resultados de rentabilidade do produtor de Mato Grosso, por causa da nova tributação para o cereal a partir deste ano, com a cobrança do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab Milho). Mato Grosso teve um incremento de 9,2% na produção de grãos entre a safra 2018/2019 e a anterior, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no dia 10 de setembro, puxado principalmente pelo aumento de 18,6% na produção da 2ª safra de milho (31 milhões de toneladas). O aumento de volume de grãos produzido no Estado está relacionado à 2ª safra, pois o clima foi favorável e plantio dentro da janela ideal.

No entanto, o que poderia ser revertido em renda para o produtor, para estancar um pouco o que se teve com a colheita menor de soja, foi uma fatia que o governo acabou tirando sem o consenso dos produtores. O Fethab Milho, tributo que passou a ser cobrado em Mato Grosso em 2019, com o desconto de R$ 0,50 por saca de 60 Kg, foi alvo de protestos. A cultura principal no Estado é a soja, que faz a diferença no orçamento do produtor. O milho vem muitas vezes para compor o parque de máquinas. A produção de soja de Mato Grosso teve um incremento de 0,5% (para 32,45 milhões de toneladas) entre a safra 2017/2018 e 2018/2019, conforme a Conab. A perspectiva da oleaginosa para a próxima safra não é de crescimento.

Ao contrário, deve haver uma parada no histórico crescente de produção, devido ao custo, que saiu de R$ 3.600,00 por hectare para R$ 4.000,0 por hectare. O valor é baseado no aumento cambial, que tem impacto de praticamente 70% no custo de produção. A guerra comercial entre China e Estados Unidos também não anima o produtor do Estado, por causa da baixa dos preços, mesmo diante de um cenário de menor safra norte-americana, em virtude dos problemas climáticos enfrentados no país. Hoje, pelos níveis de demanda e oferta mundial, a Bolsa de Chicago deveria estar acima de US$ 9,00 por bushel, mas está abaixo de US$ 8,30 por bushel. Os prêmios estão sendo necessários para ajustes de preço no Brasil, porém, sem alcançar o esperado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.