02/Set/2019

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago devolveram ganhos e fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (30/08). O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 0,50 cent (0,06%) e fechou a US$ 8,69 por bushel. Durante boa parte da sessão, traders adicionaram prêmio de risco climático às cotações, antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos. Na segunda-feira (02/09), os mercados de grãos na Bolsa de Chicago permanecem fechados por causa do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos.

A previsão é de clima mais frio nos próximos dias no Meio Oeste dos Estados Unidos, o que pode desacelerar o desenvolvimento das lavouras. Não há preocupações com geadas no momento, mas esta safra atrasada precisa de todo o calor que conseguir, e um período mais frio que retarde o crescimento não vai ajudar. A queda expressiva do trigo, no entanto, levou fundos que investem em commodities a liquidar posições, o que também pesou sobre a oleaginosa. No dia 1º de setembro, entraram em vigor novas tarifas chinesas sobre uma série de produtos norte-americanos. As sobretaxas vão atingir um total de US$ 75 bilhões em produtos dos Estados Unidos, em duas etapas.

O governo chinês já havia anunciado que iria impor, em 1º de setembro, uma tarifa adicional de 5% sobre a soja dos Estados Unidos. Em julho do ano passado, a China já tinha sobretaxado o produto em 25%. O governo do presidente norte-americano, Donald Trump, respondeu com um aumento de tarifas sobre US$ 550 bilhões em produtos chineses. Os dois lados, porém, vêm adotando um tom mais conciliatório desde então, com Donald Trump prevendo a retomada das negociações e a China afirmando que quer evitar uma escalada ainda maior da disputa comercial.