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27/Ago/2019

Moratória da soja: compromisso em sustentabilidade

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) afirmou que o setor espera que a questão das queimadas nas Regiões Norte e Centro-Oeste não se torne um problema com os consumidores da soja brasileira, principalmente na Europa, mas reforçou que tradings não compram soja de áreas com desmatamento na Amazônia desde o começo da Moratória da Soja, em 2006. A Moratória da Soja foi assinada exatamente para não ter esse tipo de problema com a Europa. A Moratória da Soja é um pacto comercial, realizado em julho de 2006, pela Anec e pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) com o governo e a sociedade civil.

A iniciativa é um compromisso de não comercializar, nem financiar, soja produzida em áreas que foram desmatadas no Bioma Amazônico após 22 de julho de 2008, data de referência do Código Florestal. A experiência do setor de soja com a Moratória pode ser o diferencial para evitar qualquer reação negativa ao produto brasileiro. Do ponto de vista da soja, o setor fez a lição de casa, pois assinou um compromisso e cumpriu. A preocupação internacional com queimadas é legítima. A Europa realmente tem consciência sobre despoluição, de como enfrentar problemas que o Brasil está enfrentando hoje. Essa experiência pode ser utilizada para não cometer os erros que a Europa cometeu no passado. A China também está cada vez mais preocupada com sustentabilidade. Mas, o país asiático não deve boicotar a soja brasileira em virtude das queimadas.

Na soja, o Brasil é um exemplo para o mundo. O crescimento da produção nos últimos anos é reflexo em grande parte do aumento da produtividade. O Brasil pode duplicar a produção de soja sem derrubar uma árvore, só ocupando pastagem. Ainda assim, em encontro da International Grain Trade Coalition (IGTC) que será realizado em novembro em São Paulo, a associação convidará representantes de países produtores e consumidores da soja e farelo para ouvir palestra da Embrapa sobre o uso da terra e a preservação no Brasil. Será uma oportunidade para apresentar à Europa tudo que o setor de soja brasileiro está fazendo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.