19/Ago/2019
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (16/08), com indícios de que a China pode ter feito uma grande compra do grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram vendas de 296.500 toneladas de soja para destinos não revelados. Como "destinos não revelados" geralmente significam China, é possível que o país asiático tenha comprado o grão norte-americano após os Estados Unidos terem adiado a imposição de tarifas sobre alguns produtos chineses.
O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 9,00 cents (1,03%) e fechou a US$ 8,79 por bushel. Anteriormente, o governo chinês ordenou estatais a suspender novas compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos, em retaliação à ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor a partir de 1º de setembro uma tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses.
No dia 13 de agosto, porém, o governo dos Estados Unidos removeu alguns produtos da lista que estaria sujeita à tarifa e, para algumas categorias de produtos, adiou a tarifa para 15 de dezembro. Traders também cobriram posições vendidas, com a percepção de que os preços não deveriam estar tão baixos após o USDA ter reduzido, no dia 12 de agosto, suas estimativas de área plantada, produção e estoques. Nas quatro sessões anteriores, a soja acumulou perda de 2,35%.