15/Ago/2019
Os futuros de soja fecharam em baixa nesta quarta-feira (14/08) na Bolsa de Chicago, apesar das projeções altistas divulgadas na segunda-feira (12/08) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e do atraso no desenvolvimento da safra norte-americana. O vencimento novembro recuou 11,00 cents (1,24%) e fechou a US$ 8,78 por bushel. A animação do mercado após o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China deu lugar a uma postura cautelosa nesta quarta-feira (14/08). Na terça-feira (13/08), o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) informou que vai remover alguns produtos chineses da lista que estaria sujeita a uma tarifa de 10% a partir de 1º de setembro.
Para algumas outras categorias de produtos, a tarifa foi adiada para 15 de dezembro. Investidores, porém, ainda não estão certos de que essa trégua vá resultar em demanda chinesa no curto prazo. Na semana passada, o governo chinês ordenou estatais a suspender novas compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos. Além disso, há temores de que a China se envolva mais diretamente nos protestos pró-democracia em Hong Kong e que isso leve a sanções e complique as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Traders continuam monitorando os possíveis efeitos da situação política na Argentina sobre as exportações do país.
Para alguns analistas, os produtores argentinos irão segurar a soja pelo menos nos próximos três ou quatro meses, com a possibilidade de que o peso se desvalorize ainda mais. Já outros acreditam que a depreciação da moeda local vai estimular os produtores a vender sua produção no exterior. O país é o maior exportador mundial de farelo de soja, que caiu 1,54% na Bolsa de Chicago. Participantes também aguardam as estimativas da expedição de safra Pro Farmer Midwest Crop Tour, que vai percorrer lavouras de soja e milho no Meio Oeste dos Estados Unidos na próxima semana. A expedição deve fornecer detalhes adicionais sobre a condição da safra.