14/Ago/2019
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) fecharam parceria para desenvolvimento de um aplicativo e um sistema de informações geográficas na web (webgis) para mostrar, em mapa e gráficos, quão favorável ou não um ambiente está para a proliferação de doenças nas lavouras. Os produtores terão informação para decidir quando e quanto investir em medidas para combater o problema, como a aplicação de defensivos. Recém-aprovado pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o projeto tem duração prevista de dois anos e será direcionado inicialmente para o oeste da Bahia, com foco em duas doenças que afetam as principais culturas locais, a ferrugem da soja e a mancha da ramulária do algodão, mas também fará o acompanhamento do balanço hídrico da região.
A iniciativa será coordenada pela Embrapa Territorial (SP), com participação do Consórcio Antiferrugem, liderado pela Embrapa Soja (PR), da Rede de Pesquisa de Ramulária, que tem à frente a Embrapa Algodão (PB), da Embrapa Informática Agropecuária (SP) e da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE). Os pesquisadores vão utilizar dados das estações meteorológicas dos agricultores aliados a imagens de satélite e números de ocorrência das doenças. A partir daí, será calculado o quanto o momento é favorável à proliferação dos agentes causadores, com resultados divulgados pelo aplicativo e pelo site do projeto. Estão previstas atualizações diárias.
O produtor depende dos calendários definidos por fabricantes de defensivos para decidir quando aplicar produtos contra as doenças. Mas, muitas vezes, ele precisaria ter feito as aplicações um pouco antes ou depois, dependendo das condições climáticas. No encerramento do projeto, a equipe entregará aos produtores ferramenta para tomar decisões com base em informações qualificadas sobre quão favorável está o ambiente na região do produtor para a proliferação da ferrugem ou da ramulária. Com essas informações, será criado um sistema de alerta para que os produtores possam fazer o controle do fungo com maior assertividade, aumentando a produtividade e reduzindo o custo das lavouras de algodão. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.