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29/Jul/2019

Safra 2019/2020 segue em ambiente de incerteza

Segundo o Itaú BBA, a preparação dos produtores brasileiros para o plantio da safra 2019/2020 de soja, milho e algodão ocorre em um ambiente de negócios marcado por incertezas. No caso da soja, apesar das dúvidas sobre a área efetivamente plantada e a que deverá ser colhida nos Estados Unidos, os altos estoques de passagem e a peste suína africana indicam que a redução de produção global teria que ser muito grande para impulsionar os preços. Cerca de 40 milhões de toneladas de soja precisariam desaparecer do mercado global para que houvesse um aumento significativo das cotações da oleaginosa.

Outro fator de incerteza na formação de preço é o câmbio. Neste caso, o risco está na possibilidade de valorização do Real a reboque da reforma da Previdência e de outras medidas estruturais que possam reduzir a percepção de risco do País. Isso merece especial atenção, pois a aquisição de insumos, que tem suas cotações atreladas ao dólar (fertilizante e defensivo), está ocorrendo a uma taxa de câmbio que pode ser bem superior àquela observada no momento da colheita e posterior comercialização dos produtos. Se isso de fato acontecer, é provável que os produtores possam ter margens inferiores às esperadas no momento de planejamento da safra.

A fixação de preços para a próxima safra está cada vez mais difícil em virtude da posição mais conservadora das tradings na indicação de preços aos produtores, em consequência das dúvidas sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos e o valor do frete no próximo ano. Diante desse ambiente de maior risco da safra 2019/2020, é recomendável que o produtor seja prudente no gerenciamento do seu fluxo de caixa, com especial atenção ao descasamento cambial, e também nas decisões de investimento, de modo a preservar a saúde financeira da empresa agrícola e não se colocar em posição de grande fragilidade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.