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24/Jul/2019

Setor defende sustentabilidade da soja no Cerrado

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e 16 Aprosojas estaduais divulgaram documento denominado "Carta de Palmas" para promover a sustentabilidade da soja brasileira, em especial da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Os produtores rurais e entidades signatárias do documento realizaram no município de Palmas (TO) em 15 de julho o “Seminário Soja Responsável - Produzindo Soja com Sustentabilidade”. Participaram do evento produtores rurais da região do Cerrado, pesquisadores e autoridades do legislativo e executivo estadual e federal. Segundo a associação, o evento foi uma resposta à ofensiva recente de ONGs e membros da cadeia europeia importadora de soja, consolidada na Declaração de Roterdã, bem como declaração da empresa Cargill, que investirá US$ 30 milhões para evitar o desmatamento do bioma Cerrado na região do MATOPIBA.

A carta cita dados da Embrapa Territorial de que 30% da área do MATPIBA é destinada à preservação da vegetação nativa dentro das propriedades rurais e que cerca de 10% da área é protegida por lei por meio de Unidades de Conservação e terras indígenas. Conforme a carta, a moratória é “peça publicitária internacional que prejudica muito a imagem dos sojicultores brasileiros". O Cerrado do MATOPIBA está 72% preservado, sendo que a agricultura ocupa apenas 5% de sua área, enquanto a soja abrange 3% da área originalmente ocupada pelo bioma na região. Os produtores afirmam que o discurso de que os produtores de soja colocam em risco a preservação do meio ambiente no Brasil é um discurso irresponsável e desprovido de argumentos válidos.

A soja brasileira é a mais sustentável do mundo, seja devido às boas práticas agrícolas, seja porque o produtor brasileiro é o único no mundo que preserva vegetação nativa em suas propriedades, carregando um custo de toda a sociedade, sem perder competitividade. A produção de soja pode e irá crescer na região do MATOPIBA, dentro da legalidade, podendo dobrar sua área sem ameaçar a vegetação nativa. A carta defende ainda que os que desejam promover esforços e recursos para manutenção da sustentabilidade dos produtores de soja brasileiros se unam a projetos de sustentabilidade de produtores e oficiais, como o Soja Plus, programa de adoção voluntária que capacita produtor na melhoria da gestão da propriedade do ponto de vista econômico, social e ambiental, e projeto para a cadeia da soja do ativo florestal da Embrapa Territorial. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.