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28/Jun/2019

EUA terão um verão com mais chuvas e mais frio

O verão começa nos Estados Unidos, mas o calor necessário para as lavouras de soja e milho dos ainda não chegou. As previsões mais atualizadas pelo NOAA, o serviço oficial de clima do governo dos Estados Unidos, indicam que as primeiras semanas de julho podem trazer temperaturas ligeiramente acima da média para a época, o que poderia ajudar no desenvolvimento das plantas, já bastante atrasado em relação a anos anteriores. O mapa mostra as previsões para 1º a 5 de julho e já indica temperaturas mais elevadas a partir do começo do mês que vem. Normalmente, este não seria um cenário favorável para a primeira semana de julho (de temperaturas acima da média), mas este ano é bem-vindo já que o desenvolvimento da soja e do milho está tão atrasado. No entanto, não é ideal que temperaturas tão altas se estendam por todo o verão. Essa falta de força das temperaturas para subir tem contribuído muito para essa germinação e crescimento mais lentos, principalmente do milho, este ano. Mais a leste do Corn Belt as chuvas são, de fato, o principal problema, porém, a falta de calor também é bem preocupante no oeste.

No último boletim semanal de acompanhamento de safras do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), dez estados norte-americanos indicaram uma piora nas condições de suas lavouras e a maior parte deles está na porção leste do cinturão, entre eles Missouri, Ohio, Indiana e Illinois. Em muitos campos, algumas lavouras ainda não germinaram e não irão polinizar até o final de agosto, e será um desafio para a safra amadurecer antes das primeiras geadas. No caso da soja, as condições melhores também são vistas mais a oeste do Corn Belt e os estados que têm as piores condições das plantações são observadas nos mesmos estados em que o milho registrou uma baixa nas condições. O desenvolvimento da soja também está bastante atrasado com 15% da área ainda não plantada, ou 4,8 milhões de hectares, com 29% ainda não germinado. Os mapas que trazem as previsões mais alongadas (imagem abaixo), no entanto, podem voltar a preocupar os produtores norte-americanos. No período de julho a setembro, de acordo com projeções do NOAA, boa parte do Corn Belt ainda pode sofrer com chuvas acima da média, principalmente a porção mais oeste do cinturão.

No mesmo período, que se refere ao verão norte-americano, a previsão é de que as temperaturas fiquem abaixo da média em estados como Illinois, Iowa, Missouri, Kansas, Nebraska e partes de Indiana e Wisconsin. Todo esse atraso, essas condições e os desafios que as lavouras e os produtores norte-americanos ainda têm pela frente dão uma importância ainda maior aos boletins divulgados semanalmente pelo USDA que trazem o acompanhamento da safra, bem como esse desta sexta-feira (28/06) em que irá ajustar o tamanho da área efetivamente plantada nos EUA nesta temporada. Os problemas causados pelo plantio tardio incluem o fato de que a polinização não ocorre de maneira adequada, o excesso de umidade no solo cria uma estrutura superficial e insuficiente das raízes e que deixam as plantas suscetíveis a um provável tempo seco, além da maturação que acontecerá tarde. Assim, a colheita nos Estados Unidos deverá se estender, pelo menos, até o meio de outubro, forçando os produtores a correrem contra o tempo para não serem ainda mais prejudicados pelas geadas, que podem causar sérias perdas nos campos norte-americanos. Fontes: Reuters, NOAA, USDA e DowJones. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.