ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Jun/2019

Tendência é de preços sustentados no longo prazo

A tendência é de preços sustentados para a soja no longo prazo, com as quebras previstas para a safra 2019/2020 dos Estados Unidos, alta das cotações futuras para 2019 e 2020 na Bolsa de Chicago e demanda firme por parte dos exportadores, mas com recuo nos prêmios nos portos brasileiros. A comercialização antecipada da soja da safra 2019/2020 segue lenta. As cotações da soja em grão estão em alta no mercado interno nos últimos sete dias, impulsionadas pelas valorizações nos contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago, que voltaram a operar acima dos US$ 9,00 por bushel. O enfraquecimento do dólar frente ao Real, no entanto, limita a alta no preço doméstico e a liquidez. O ritmo de negócios internos também este menor devido à disparidade entre as ofertas de compra e venda e à retração de parte de compradores, que se mostra abastecida. A queda nos prêmios de exportação, por sua vez, reduz o interesse por novos fechamentos.

Diante disso, o valor FOB para a soja em grão para embarque em julho/2019, no Porto de Paranaguá (PR) é de US$ 22,10 por saca de 60 Kg, estável nos últimos sete dias. O valor FOB do farelo de soja registra queda expressiva de 3,5% para o embarque em julho e o do óleo de soja, 2,1%, para o mesmo embarque. As recentes altas nos preços da oleaginosa e o enfraquecimentos nas cotações dos derivados estão reduzindo a margem de lucro das indústrias (para cada tonelada de soja processada, o rendimento considerado é de 78% de farelo e 18% de óleo). O crush margin foi calculado a US$ 9,90 por tonelada para julho/2019 no Porto de Paranaguá, a menor margem de esmagamento para o primeiro vencimento desde 28 de novembro de 2018.

Apesar da baixa liquidez, nos últimos sete dias, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&F, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no Porto de Paranaguá, apresenta alta de 1,2%, cotado a R$ 82,76 por saca de 60 Kg. A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ registra avanço de 0,7% nos últimos sete dias, a R$ 77,19 por saca de 60 Kg. Nos últimos sete dias, a cotação da oleaginosa registra valorização de 1,3% no mercado de balcão (preço pago ao produtor) e de 1,0% no de lotes (negociações entre empresas). Quanto aos derivados, os valores do farelo apresentam avanço de 0,8% nos últimos sete dias, impulsionados pela demanda pontual por parte de alguns compradores que estavam com estoques reduzidos. Para o óleo de soja (posto em São Paulo com 12% de ICMS), os preços se mantêm praticamente estáveis no período, a R$ 2.728,53 por tonelada (-0,04%).

a Bolsa de Chicago, os futuros estão sendo impulsionados pelas consecutivas chuvas no cinturão agrícola dos Estados Unidos, que têm retardado o andamento dos trabalhos de campo e pode prejudicar a produtividade e a qualidade dos grãos. O movimento altista, no entanto, é limitado pelos embarques reduzidos nos Estados Unidos. Segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado no dia 17 de junho, as vendas da oleaginosa totalizaram 675,3 mil toneladas na última semana, 8% inferiores às da semana anterior e 17,5% abaixo do exportado no mesmo período de 2018. O contrato Julho/2019 da soja apresenta forte valorização de 3,1% nos últimos sete dias, a US$ 9,15 por bushel. O contrato de mesmo vencimento do farelo de soja registra avanço de 0,4% nos últimos sete dias, a US$ 356,04 por tonelada. O contrato Julho/2019 do óleo acumula aumento de 2% no período, a US$ 630,30 por tonelada. Fontes: Cepea e Cogo Inteligência em Agronegócio.