31/Mai/2019

No dia em que governo da China e a imprensa estatal do país reforçaram a retórica contra os Estados Unidos, ao lembrarem que poderiam usar terras-raras na disputa comercial, o Departamento de Defesa norte-americano apresentou um relatório ao Congresso para reduzir a dependência do mineral da China. Embora o Pentágono não tenha fornecido detalhes do relatório, ele está vinculado a um programa federal destinado a reforçar a capacidade de produção doméstica, oferecendo incentivos econômicos “sob medida”. A informação é de que o departamento continua a trabalhar em estreita colaboração com o presidente, o Congresso e a base industrial para diminuir a dependência norte-americana da China de terras raras.

O programa Americano DPA Title III foi projetado para criar, manter, proteger, expandir ou restaurar a capacidade da base industrial doméstica, segundo o Departamento da Defesa. A escalada retórica abalou a expectativa de que as duas maiores economias do mundo cheguem a um acordo comercial. A China foi responsável por 80% das importações de terras raras dos Estados Unidos entre 2014 e 2017. Segundo o Ministério do Comércio da China, o país não sacrificará seus principais interesses ou princípios para chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos. O governo chinês afirmou que adotará mais retaliações, se necessário. Ainda segundo o ministério, as medidas restritivas norte-americanas contra companhias chinesas são um comportamento inadequado e podem levar a uma recessão global.

Tudo indica que os dois países não estão em contato para manter as conversas sobre comércio. Durante visita ao Japão nesta semana, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que não tem pressa de chegar a um acordo comercial com a China. Em mensagens anteriores no Twitter, Trump mostrava mais otimismo sobre o tema. Na quarta-feira (29/05), o governo chinês reforçou sua retórica ao sugerir que a China poderia usar seu domínio na oferta de terras-raras, uma matéria-prima industrial importante, se a disputa comercial piorasse, o que provocou volatilidade nos mercados globais. Nesta quinta-feira (30/05), o porta-voz repetiu a posição oficial, ao afirmar que era inaceitável se qualquer país desejasse usar produtos com terras-raras da China para conter e suprimir o desenvolvimento chinês. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.