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22/Mai/2019

Chicago fecha em baixa com temor sobre demanda

Os contratos futuros de soja fecharam em queda nesta terça-feira (21/05) na Bolsa de Chicago, cedendo os ganhos do começo da sessão. O mercado foi pressionado pela possibilidade de um maior pagamento a produtores de soja pelo governo dos Estados Unidos como compensação pela guerra comercial e pelos rumores de que a China vai cancelar compras feitas anteriormente da oleaginosa norte-americana. O vencimento julho caiu 9,75 cents (1,17%) e fechou a US$ 8,22/bushel. O plano do governo Trump de oferecer pagamentos de ajuda agrícola em grande parte para os produtores de soja como compensação pela guerra comercial pesou sobre os preços internacionais da oleaginosa.

O pacote de assistência é de US$ 15 bilhões. Traders enxergaram isso como um incentivo para agricultores norte-americanos cultivarem soja, o que é baixista para os preços, uma vez que os Estados Unidos já contam com estoques amplos em consequência da ausência de compras da China. Ainda há um excesso de oferta de soja e não é preciso muito para pressionar as cotações. Também há rumores no mercado de que a China teria cancelado 7 milhões de toneladas de soja contratadas dos Estados Unidos e ainda não embarcadas. Essa possibilidade também contribuiu para as perdas.

No início da sessão, a Bolsa de Chicago havia subido na esteira do relaxamento das restrições norte-americanas à companhia chinesa Huawei e do atraso no plantio nos Estados Unidos. A novidade sobre a Huawei pode ser vista como um progresso na guerra comercial, o que seria positivo para o mercado de soja. Quanto às condições do plantio, a previsão do tempo para o Meio Oeste é de chuva, o que poderia intensificar o atraso. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 19% da área de soja foi plantada até o dia 19 de maio, ante 47% na média de cinco anos e 53% há um ano.