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17/Mai/2019

Chicago fecha em alta com clima úmido nos EUA

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta quinta-feira (16/05) na Bolsa de Chicago, sustentados por sinais de demanda pelos grãos produzidos nos Estados Unidos e por novas preocupações quanto ao clima no país, que pode alterar as intenções de cultivo. O vencimento julho subiu 4,25 cents (0,51%) e fechou a US$ 8,39 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que exportadores norte-americanos venderam 370,9 mil toneladas do grão da safra 2018/2019 na semana encerrada no dia 9 de maio, aumento expressivo ante o reportado na semana anterior, quando os cancelamentos superaram as vendas em 149,1 mil toneladas. Para a safra 2019/2020, foram vendidas 303,4 mil toneladas. Preocupações com as previsões climáticas para o Meio Oeste dos Estados Unidos continuam impulsionando os futuros da oleaginosa.

O principal fator de influência no overnight foi a cobertura de posições em razão de previsões de clima úmido para a região. Agências de meteorologia preveem o retorno do clima úmido à região neste fim de semana, o que tem levado produtores a acelerar o plantio dos grãos. Agentes já consideram a possibilidade de ampliação do plantio de soja no lugar do milho, em função do clima. Os produtores norte-americanos começaram, ou vão começar em breve, a 'enlamear' o milho antes das próximas chuvas, na esperança de ter algo plantado no solo em Illinois, Indiana, Ohio e Minnesota. A maioria deles está fazendo isso para poder receber indenização pelo seguro de faturamento, uma vez que já fizeram aplicações de fertilizantes e agroquímicos. Os ganhos foram limitados por desdobramentos da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

O Ministério do Comércio chinês afirmou que não tem qualquer conhecimento sobre planos dos Estados Unidos para uma visita de autoridades à China a fim de continuar com as negociações. Além disso, a escalada de tarifas tem afetado seriamente o diálogo sobre o comércio e a China pretende adotar ações em resposta, caso os Estados Unidos levem adiante a ameaça de elevar tarifas sobre as importações chinesas que até então escaparam dessa punição. A American Farm Bureau Federation, importante grupo que representa o setor agropecuário norte-americano, enviou ao presidente Donald Trump uma carta pedindo uma solução rápida para as disputas entre as duas nações. As tarifas estão agravando a prolongada crise no setor agropecuário do país, que já contabiliza queda de US$ 10 bilhões, ou 50%, das exportações agrícolas dos Estados Unidos à China em 2018.