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16/Mai/2019

Chicago fecha em alta com clima adverso nos EUA

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira (15/05) na Bolsa de Chicago, sustentados por preocupações com atraso no plantio e o clima nos Estados Unidos e por algum alívio nos temores sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China. O vencimento julho subiu 4 cents (0,48%) e fechou a US$ 8,35 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que o plantio da oleaginosa atingiu 9% da área prevista até o dia 12 de maio, ante média de 29% nos cinco anos anteriores. Com previsões de chuvas moderadas a fortes no Meio Oeste no fim de semana, traders esperam que os atrasos de plantio só vão piorar. O clima está novamente no centro das atenções, já que os modelos climáticos indicam mais chuva para as regiões mais atrasadas do cinturão.

Fundos também estão cobrindo posições vendidas como reação ao atraso na semeadura. Traders finalmente perceberam o início historicamente lento e problemático do plantio nos Estados Unidos. Por outro lado, dados de esmagamento mais fraco norte-americano limitaram ganhos. O processamento de soja nos Estados Unidos somou 4,35 milhões de toneladas em abril. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (15/05) pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa). O número ficou abaixo do observado em março, quando o esmagamento atingiu 4,63 milhões de toneladas. A queda no esmagamento pode ser atribuída à febre suína africana, que prejudica a demanda por farelo de soja para ração na China, já que os rebanhos de suínos continuam a ser abatidos em consequência da disseminação da doença.

Informações sobre a continuidade das negociações entre Estados Unidos e China também deram suporte às cotações. O secretário do Tesouro norte-americano, afirmou em comissão do Senado que o mais provável é que ocorra no futuro próximo uma nova reunião na China. Ele também reiterou que Donald Trump pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, durante a cúpula do G-20 no Japão, no fim de junho. A possibilidade de acordo persiste e há esperança de que a China e os Estados Unidos não empurrem o conflito para o limite, o que significa que as tarifas punitivas não serão aplicadas permanentemente em todos os bens no comércio bilateral. Mas, o fato é que não é possível saber o que deve acontecer na próxima rodada de negociações. A retórica em torno das contínuas negociações comerciais é mista, embora pareça que ambas as partes estão dispostas a se reunir na cúpula do G20 em junho.