25/Abr/2019

Os futuros de soja fecharam em baixa nesta quarta-feira (24/04) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular os embarques brasileiros da commodity. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e está quase encerrando a colheita de uma safra robusta. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira deve ser de 113,8 milhões de toneladas, o que representaria o terceiro maior volume da série histórica.

Já o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê uma colheita de 117 milhões de toneladas. O vencimento julho da oleaginosa recuou 6,75 cents e fechou a US$ 8,68 por bushel. Temores de menor demanda chinesa continuaram pesando sobre os contratos. Surtos de peste suína africana na China estão reduzindo significativamente o plantel de suínos no país e a necessidade chinesa de soja para ração animal. Essa redução no plantel está forçando o país a comprar carne suína dos Estados Unidos, apesar das tarifas sobre o produto.

Nas últimas semanas, a China comprou mais de 100 mil toneladas de carne suína norte-americana. As esmagadoras chinesas estão operando com 30% da capacidade por causa da falta de demanda por farelo de soja. O recuo do petróleo, que faz com que as refinarias nos Estados Unidos tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também influenciou os negócios. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.