11/Dec/2025

No mercado interno de milho, os pontos de atenção são: a disponibilidade de produto na safra 2025/2026 e a janela de plantio da 2ª safra de 2026. O Brasil está exportando menos e consumindo mais. Em tese, as duas partes se compensariam, mas há preocupação com a oferta do ano que vem. Com relação à comercialização em dezembro, o mercado está lento, mas com compradores e vendedores dispostos. Quanto à 2ª safra de 2026, os atrasos no plantio de soja em algumas regiões podem atrapalhar a janela de semeadura do milho. Alguns players já se preparam para esse cenário. Isso ocasionou, pontualmente, nas últimas duas semanas, alguma força compradora.

O relatório de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe projeções "mornas" e não provocou movimentações significativas no mercado de milho. No entanto, é preciso ficar atento ao que será divulgado em janeiro, pois esse relatório terá capacidade de pressionar o mercado. Existe uma expectativa de que o número de produtividade dos Estados Unidos seja revisado para baixo no próximo mês. No Paraná, na região de Guarapuava, as vendas de milho disponível acontecem aos poucos, à medida que compradores indicam mais pelo produto. As indústrias indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias.

Os vendedores, em iguais condições, indicam R$ 68,00 por saca de 60 Kg, mas no FOB. Para safra 2025/2026, não há indicações de compra ou venda. Em Mato Grosso, na região de Sorriso, o mercado de milho disponível está movimentado, com pequenos volumes sendo comercializados. Tradings e indústrias compram milho a R$ 51,80 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento até 20 de dezembro, ou a R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, via cooperativas. Pequenos volumes de milho 2025/2026 também são comercializados. Tradings adquirem o produto a R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em setembro de 2026.