11/Nov/2025
Segundo a AgResource, o mercado de grãos acompanha com atenção as estimativas de rendimento das lavouras dos Estados Unidos que serão divulgadas no relatório de oferta e demanda (Wasde), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na sexta-feira (14/11). Os preços futuros de soja e milho na Bolsa de Chicago seguem alinhados às projeções publicadas em setembro, o que aumenta o potencial de reação caso os números venham diferentes do esperado. O rendimento das lavouras norte-americanas e o volume de exportações projetado pelo USDA serão os principais fatores para definir o rumo dos preços da soja na Bolsa de Chicago.
Historicamente, os preços tendem a cair nesta época do ano, quando há maior oferta nos Estados Unidos, e o mercado segue esse padrão de forma consistente. Por isso, há risco de baixa nos preços. No milho, os preços estão travados em uma faixa estreita porque a relação entre estoques e uso está em um nível intermediário. Para ver grandes mudanças no milho, os estoques precisam cair para 10% ou 11% do uso total, o que empurraria os preços para cima, ou subir para 18%, o que pressionaria para baixo. Enquanto isso não acontecer, vai ser muito difícil ter movimentos fortes.
O clima na América do Sul deve ser o principal fator de influência nos próximos meses, tanto para soja quanto para milho. Em Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, o plantio da safra 2025/2026 alcançou 86%, ritmo acelerado que tende a antecipar também a colheita. Se o andamento continuar normal, Mato Grosso deve colher metade da safra, cerca de 27 a 30 milhões de toneladas, até 7 de fevereiro. Essa diferença de calendário em relação ao ano passado já está pressionando os preços da soja brasileira no mercado de exportação.
Para embarques em fevereiro e março, a soja do Brasil é negociada com descontos de US$ 0,55 por bushel ou mais em relação aos preços da Bolsa de Chicago. Esses descontos aumentam conforme avançamos no ano comercial brasileiro. A maior disponibilidade de soja brasileira no início de 2026 será um fator importante para os mercados assim que houver mais clareza sobre a demanda da China e após o relatório do USDA. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.