10/Nov/2025
Os futuros de milho fecharam em leve baixa na sexta-feira (07/11) na Bolsa de Chicago. O avanço da colheita nos Estados Unidos e a perspectiva de uma produção recorde no país continuam pesando sobre o mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica na sexta-feira (14/11) seu relatório mensal de oferta e demanda, que não saiu em outubro por causa da paralisação do governo norte-americano. Segundo analistas, as estimativas de rendimento e produção devem ser reduzidas em relação ao relatório de setembro, mas a safra deve ser recorde mesmo assim.
O vencimento dezembro do grão recuou 1,50 cent (0,35%), e fechou a US$ 4,27 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,98%. A S&P Global Commodity Insights estima rendimento de 11,64 toneladas por hectare e produção total 426,72 milhões de toneladas. Em setembro, o USDA estimou produção de 427,11 milhões de toneladas, com produtividade de 11,72 toneladas por hectare. Somente uma grande surpresa no rendimento poderia impulsionar o mercado. Para que os preços voltassem a testar o nível de US$ 4,50 por bushel, o USDA teria de estimar em 14 de novembro uma produtividade abaixo de 11,30 toneladas por hectare.
O mercado também foi pressionado por decisões da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) relacionadas a 16 pedidos de isenção feitos por pequenas refinarias de petróleo. Alegando dificuldades financeiras, muitas dessas refinarias recorrem à EPA para serem desobrigadas de cumprir as metas de mistura de biocombustíveis. A agência decidiu conceder isenção total a 2 refinarias, isenção parcial a 12 refinarias e rejeitar petições de 2 refinarias. A Associação de Combustíveis Renováveis (RFA), que representa o setor de etanol nos Estados Unidos, criticou as concessões feitas pela agência.
A RFA afirmou que a EPA criou ainda mais incerteza e confusão nos mercados de biocombustíveis e agrícola. O milho é a principal matéria-prima usada na fabricação de etanol no país. As perdas foram limitadas pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio de milho na Argentina alcançava na última semana 36% da área total projetada, de 7,8 milhões de hectares. O avanço foi de apenas 1% na semana. Os produtores aguardam a janela ideal para iniciar o plantio de milho tardio, no fim deste mês. Na comparação com igual período do ano passado, há atraso de 2,7%.