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07/Nov/2025

Preços do milho devem ficar estáveis em novembro

O mercado de milho deve seguir com preços relativamente estáveis ao longo desta quinzena, sustentados pela demanda doméstica de usinas de etanol e indústrias de ração. Confinamentos também têm antecipado compras para formar estoques para o primeiro semestre de 2026. A 2ª safra de 2025 foi favorecida pelo clima e contribuiu para um dos maiores níveis de estoque de passagem dos últimos anos, estimado em cerca de 18 milhões de toneladas. Considerando uma safra de verão (1ª safra 2025/2026) por volta de 26 milhões de toneladas, haverá cerca de 44 milhões de toneladas disponíveis entre fevereiro e julho, período em que o milho de 2ª safra ainda não entra com força no mercado.

No cenário de consumo doméstico de 97 milhões de toneladas, é um panorama bastante apertado em alguns momentos do começo do ano que vem. Essa apertada relação entre oferta e demanda pode atuar como fator de suporte aos preços. No curto prazo, porém, o mercado tende a operar sem direção clara. Para o curtíssimo prazo, entre novembro e dezembro, o mercado deve manter a trajetória um pouco mais lateralizada. Apesar dos ganhos em outubro, deve haver uma manutenção desses níveis de preço nas próximas semanas. A possibilidade de novas altas dependerá da evolução das exportações, do ritmo de vendas do produtor na virada do ano fiscal e do comportamento do dólar.

No Paraná, na região de Cascavel, as vendas de milho seguem pontuais. As fábricas de ração indicam entre R$ 60,00 e R$ 61,00 por saca de 60 Kg FOB ou entre R$ 63,00 e R$ 64,00 por saca de 60 Kg CIF, para embarque ou entrega imediata e pagamento em 30 dias. As indústrias já estão bem abastecidas e algumas já fecharam o seu programa de compras do ano, então o mercado fica sem novidades. No Porto de Paranaguá, tradings indicam entre R$ 68,00 e R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Nem todos os produtores estão recuando nas vendas na expectativa de comercializar mais em janeiro. Eles sabiam que correriam o risco de ter mais pressão para vender e liberar espaço nos silos para soja nos próximos meses. Assim, não deve haver um movimento brusco de venda quando virar a soja. Quanto à safra de verão (1ª safra 2025/2026), os vendedores estão mais focados no plantio e na comercialização da próxima safra de soja. Não há indicações de compradores ou vendedores.

Em Mato Grosso, na região de Sinop, os produtores estão segurando as vendas ou aumentando as indicações de preço na expectativa de comercializar mais a partir de janeiro. Apesar da retração dos produtores, tradings indicam R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em novembro e pagamento em janeiro de 2026. Os vendedores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg, ante R$ 50,00 por saca de 60 Kg na semana anterior. As fábricas de ração e as usinas de etanol, que estão bem abastecidas, indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. As usinas estão segurando as indicações porque não precisam de milho agora. Para 2ª safra de 2026, tradings e indústrias indicam R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento a definir, enquanto os produtores indicam acima de R$ 50,00 por saca de 60 Kg, em iguais condições.