07/Nov/2025

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), os temporais do primeiro fim de semana de novembro, acompanhados por ventos fortes, enxurradas e granizo, provocaram piora das condições das lavouras de soja em parte do Paraná e podem exigir dos produtores replantio. Pelo menos 40 municípios registraram danos urbanos, segundo levantamento da Defesa Civil, e "por analogia, é possível inferir que também houve algum impacto na área rural, especialmente nas plantações de soja e milho que possam ter nesses municípios. Nessas cidades, a área plantada somou 859,8 mil hectares de soja e milho, sendo 854,4 mil hectares de soja. O boletim indica avanço das áreas comprometidas da oleaginosa. O relatório apontou que há 31 mil hectares em condições ruins, enquanto na semana anterior esse número era zero. Em condição mediana o total de hectares subiu para 280 mil, sendo que na semana anterior era de 122 mil, ou seja, teve uma alta de 157 mil hectares.

Ainda assim, a maior parte da área plantada (4,3 milhões de hectares ou 93% da área total já plantada) estão em “condições boas". A piora está diretamente ligada aos eventos climáticos. Nas áreas onde houve piora, possivelmente haverá algum dano extremo, como a perda total de áreas localizadas, gerando a necessidade de o produtor se replanejar, seja acionando o seguro, caso tenha, ou realizando o replantio, se isso for viável comercialmente, pois ainda está no período recomendado para isso. Caso o replantio de soja seja necessário, pode haver algum impacto no calendário da 2ª safra de milho de 2026. O produtor invariavelmente terá um atraso em seu planejamento, gerando a necessidade de ajustar a 2ª safra de 2026 e possivelmente optando por outra cultura diferente do milho, se esse cultivo era a intenção.

No início da semana, a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) informou que estava fazendo levantamento junto às cooperativas para avaliar a dimensão do prejuízo causado pelos temporais nas lavouras de soja. As chuvas intensas atingiram áreas recém-semeadas principalmente nas regiões oeste, noroeste, norte e norte pioneiro do Estado, com perdas localizadas e possibilidade de replantio em alguns casos. Para o milho safra de verão (1ª safra 2025/2026), os impactos dos temporais tendem a ser menores, porque a cultura se concentra mais no sul do Estado, área menos atingida pelos eventos climáticos. Ainda assim, é recomendado acompanhamento técnico em áreas que tenham sofrido enxurradas ou danos mecânicos às plantas. As cooperativas também relataram perdas localizadas em talhões de milho em fase vegetativa, especialmente no oeste e no noroeste. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.