06/Nov/2025
A comercialização de milho disponível no Brasil deve recuperar fôlego em novembro. Há necessidade de liberar espaço nos armazéns para o recebimento da nova safra de soja a partir de janeiro. No entanto, as vendas estão pontuais em razão das exportações em baixa e da divergência quanto aos preços entre compradores e vendedores.
Em São Paulo, na região Campinas, as indústrias de ração indicam R$ 62,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias ou R$ 66,00 por saca de 60 Kg CIF, em iguais condições. Os vendedores indicam R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB, mas para pagamento à vista. Tradings indicam R$ 69,70 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos, para entrega em dezembro e pagamento em janeiro de 2026, mas os vendedores indicam acima de R$ 73,00 por saca de 60 Kg. Para o produtor, compensa mais vender para indústrias em função dos fretes elevados.
Com poucos embarques agora, deverá haver estoques maiores entre dezembro e janeiro, mês que entra a safra de soja. Os produtores vão querer vender tudo ao mesmo tempo, mas a prioridade dos compradores e dos portos deverá ser a soja. Por enquanto, os vendedores não fixam o preço para safra de verão (1ª safra 2025/2026). Tradings indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos, para entrega em julho e pagamento em 2026.
Em Mato Grosso do Sul, na região Dourados, o desacordo quanto aos preços entre compradores e vendedores limita negociação. As indústrias indicam R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias, ou R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento em janeiro. Os vendedores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg, mas para pagamento à vista. Quanto à comercialização da 2ª safra de 2026, tradings indicam R$ 52,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto de 2026. Os produtores estão focados no plantio da soja.