16/Oct/2025

Segundo a StoneX, o mercado global de milho deve registrar uma das menores relações estoque-uso dos últimos anos na safra 2025/2026, mesmo com supersafras nos Estados Unidos e no Brasil. O consumo global está muito aquecido, e cresce mais rápido que a produção. Isso aumenta a sensibilidade do mercado, onde qualquer choque de oferta pode ter repercussões significativas. Os Estados Unidos devem colher cerca de 425 milhões de toneladas, favorecidos por preços atrativos no plantio e produtividade elevada. As lavouras ficaram em condições boas e excelentes durante boa parte do desenvolvimento.

Foi um cenário muito melhor do que em anos anteriores, o que deve garantir níveis de produtividade muito bons. Apesar de os estoques finais norte-americanos tenderem a ser os maiores em anos, as exportações dos Estados Unidos devem bater novo recorde. As vendas já superam o ritmo necessário para alcançar as maiores exportações da história, número que pode ser ainda maior quando as divulgações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) voltarem, após a paralisação do governo. A competitividade norte-americana segue forte.

Os preços dos Estados Unidos permanecem inferiores aos de Brasil, Argentina e Ucrânia, inclusive em meses entre safras. Isso deve continuar garantindo espaço para os Estados Unidos no mercado exportador. O Brasil produziu cerca de 140 milhões de toneladas de milho em 2025, mas as exportações devem ficar em torno de 40 milhões de toneladas. A demanda interna muito grande está limitando as exportações. O consumo doméstico deve passar de 90 milhões de toneladas, um recorde. O setor de etanol de milho é o principal motor desse avanço. Não é a alimentação animal que está guiando o aumento do consumo doméstico. É o setor de etanol. Há usinas em construção e projetos anunciados no País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.