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13/Oct/2025

Preços do milho avançam no mercado doméstico

Influenciados pela retração de vendedores e pelo aquecimento pontual da demanda, os preços do milho seguem avançando no mercado brasileiro. O Indicador ESALQ/BM&F (Campinas - SP) está operando na casa dos R$ 65,00 por saca de 60 Kg. Os vendedores estão atentos ao clima para a semeadura da safra de verão (1ª safra 2025/2026). O retorno das chuvas na Região Sul e sobretudo na Região Centro-Oeste traz certo alívio, mas também impede que as atividades de campo sejam realizadas com mais intensidade. Além disso, as exportações brasileiras em setembro apresentaram bom ritmo, dando suporte aos preços nos portos e no interior do País. Do lado comprador, parte dos agentes voltaram a atuar no spot, no intuito de recompor os estoques, mas muitos ainda indicam possuir volumes para o curto prazo, o que, de certa forma, limita maiores valorizações. Vale lembrar que uma parcela dos compradores fez aquisições quando os preços estavam mais baixos e, no momento, estão apenas recebendo os lotes negociados antecipadamente.

O Indicador ESALQ/BM&F está cotado a R$ 65,19 por saca de 60 Kg, alta de 1% nos últimos sete dias. Nos últimos sete dias, os valores apresentam alta de 0,1% no mercado balcão (valor pago ao produtor) e de 0,6% no mercado de lotes (negociações entre empresas). Apesar de as negociações no spot estarem lentas nos portos, o ritmo de embarques do cereal brasileiro em setembro esteve acima do registrado no mesmo mês do ano anterior. Considerando-se os 22 dias úteis de setembro, foram embarcadas 7,56 milhões de toneladas de milho, 18% superior ao volume escoado em setembro/2024, de 6,42 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No Porto de Paranaguá (PR), os preços do milho se mantêm estáveis nos últimos sete dias, enquanto no Porto de Santos (SP), têm alta de 0,9%. A semeadura da safra de verão (1ª safra 2025/2026) vem avançando nas principais regiões, favorecida pelo retorno das chuvas.

Até o dia 4 de outubro, 29,1% da área nacional havia sido semeada, progresso semanal de 2,4%, e acima dos 27,6% da média dos últimos cinco anos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No Paraná, dados do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) apontam que a semeadura atingiu 84% da área estadual, próximo aos 85% na safra anterior, mas com as condições de lavouras melhores neste ano, sendo 99% classificadas como boas, contra 95% em 2024. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuvas tem atrasado a semeadura. Dados da Emater-RS indicam que, entre 2 e 9 de outubro, houve avanço de apenas 1% nas atividades, chegando a 73% da área. Em Santa Catarina, até o dia 4 de outubro, os trabalhos de campo chegaram a 66% da área estadual. Apesar de as chuvas atrasarem a semeadura, estas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras. As atividades de campo também foram iniciadas em São Paulo, totalizando apenas 1% da área, de acordo com a Conab. Nos Estados Unidos, os preços estão em baixa.

A pressão vem da queda dos valores de petróleo, das previsões de safra recorde e da postura cautelosa de agentes, devido à ausência dos relatórios de oferta e demanda e sobre o avanço da colheita do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No entanto, as quedas têm sido contidas por sinais de demanda internacional aquecida pelo cereal deste país. Com isso, nos últimos sete dias, os vencimentos Dezembro/2025 e Março/2026 apresentam queda de 0,83% e 0,91%, a US$ 4,18 por bushel e a US$ 4,34 por bushel. Na Argentina, a semeadura da temporada 2025/2026 avança, mas, em algumas regiões, como em Buenos Aires, as atividades são prejudicadas pelo excesso de chuvas. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, até o dia 9 de outubro, 25,6% da área estimada havia sido semeada, progresso semanal de 5,8% e o segundo maior ritmo das últimas 10 temporadas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.