13/Oct/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (10/10) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo tempo predominantemente seco no Meio Oeste dos Estados Unidos, que deve permitir um avanço mais rápido da colheita, e pela perspectiva de uma safra recorde no país. Embora o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não tenha sido divulgado no dia 9 de outubro, devido à paralisação do governo norte-americano, analistas estimaram uma produção de 422,80 milhões de toneladas, com produtividade de 11,61 toneladas por hectare.
O vencimento dezembro do grão perdeu 5,25 cents (1,26%), e fechou a US$ 4,13 por bushel. Na semana passada, acumulou desvalorização de 1,43%. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre os contratos. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os negócios foram influenciados ainda pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deverá embarcar entre 5,81 milhões e 6,30 milhões de toneladas de milho em outubro, com média de 6,06 milhões de toneladas.
O volume representa crescimento de 6,8% em relação aos 5,67 milhões de toneladas de outubro de 2024, mantendo o ritmo robusto da janela de exportação da 2ª safra de 2025. Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio de milho da safra 2025/2026 alcançava na última semana 25,6% da área total projetada, de 7,8 milhões de hectares. Na semana, o avanço foi de 5,8%. Na comparação com igual período do ano passado, os trabalhos estão 7,9% adiantados. O ritmo de plantio até agora é o segundo maior nas últimas dez temporadas.