29/Sep/2025

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (26/09) na Bolsa de Chicago, pressionados pela expectativa de rápido avanço da colheita nos Estados Unidos. A previsão para as próximas semanas é de tempo seco em boa parte do Meio Oeste do país, o que deve permitir um bom progresso dos trabalhos. O vencimento dezembro do grão recuou 3,75 cents (0,88%), e fechou a US$ 4,22 por bushel. Na semana passada, perdeu 0,47%. Para analistas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá cortar sua estimativa de rendimento no relatório de oferta e demanda de outubro, tendo em vista os sinais de doenças nos estágios finais de desenvolvimento das lavouras. O potencial de alta dos preços, no entanto, deve continuar limitado.

Mesmo que o USDA reduza sua previsão, isso não seria suficiente para deixar a oferta apertada e sustentar os preços acima de US$ 4,30 por bushel. A ampla oferta do Brasil no mercado de exportação também pesou sobre os contratos. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deverá embarcar entre 7,2 milhões e 8,01 milhões de toneladas de milho em setembro. Em agosto, as exportações do grão alcançaram 7,311 milhões de toneladas. Em igual mês de 2024, o Brasil exportou 6,56 milhões de toneladas. Na Argentina, o plantio de milho da safra 2025/2026 alcançava na última semana 12,3% da área total projetada, de 7,8 milhões de hectares, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na semana, o avanço foi de 6,1%.

A demanda pelo grão norte-americano continua forte e ajudou a limitar as perdas. Até o dia 18 de setembro, exportadores dos Estados Unidos tinham vendido 25,757 milhões de toneladas de milho da safra 2025/2026. O volume representa aumento de 74,7% ante o registrado em igual período do ano passado, de 14,744 milhões de toneladas. Quanto ao relatório trimestral de estoques do USDA, que será divulgado nesta terça-feira (30/09), analistas acreditam que as reservas de milho no começo de setembro serão estimadas em 33,93 milhões de toneladas, em comparação a 44,78 milhões de toneladas um ano antes. A estimativa mais recente do USDA para estoques finais de 2024/2025 é de 33,66 milhões de toneladas.