19/Sep/2025
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), apesar do aumento de 1,83% na área cultivada, que deve alcançar 7,39 milhões de hectares em 2025/2026, a produção de milho em Mato Grosso deve cair 4,10% frente ao ciclo anterior, somando 51,72 milhões de toneladas. O recuo está ligado à expectativa de produtividade menor, estimada em 116,61 sacas de 60 Kg por hectare, redução de 8,38% em comparação à safra passada. fatores climáticos e o aumento dos custos de produção, que podem inibir investimentos em sementes de alta performance, fertilizantes e defensivos, devem pesar sobre o rendimento das lavouras.
O avanço da área ocorre principalmente na região nordeste do Estado, onde a expansão de 4,31% está relacionada à substituição do gergelim, cuja atratividade de preços diminuiu para a próxima temporada. Mesmo com mais lavouras em campo, a menor eficiência produtiva deve limitar o volume total de grãos. Com estoques iniciais de 1,55 milhão de toneladas, a oferta total está estimada em 53,27 milhões de toneladas. No lado da demanda, a projeção indica retração de 2,51% em relação ao ciclo anterior. O consumo interno deve crescer 2,75%, atingindo 17,89 milhões de toneladas, impulsionado pelas indústrias de etanol de milho. O consumo interestadual tende a cair 4,12%, e as exportações podem recuar 5,28%. A comercialização da safra 2025/2026 está mais adiantada em comparação à temporada anterior.
Até agosto, 15,51% da produção prevista já havia sido negociada, 5,69 pontos porcentuais acima de igual período de 2024/2025. O preço médio registrado foi de R$ 44,96 por saca de 60 Kg, ante R$ 44,09 por saca de 60 Kg no ciclo anterior. O custo total do milho de alta tecnologia está estimado em R$ 6.684,91 por hectare, alta de 9,69% sobre a safra anterior. O aumento dos gastos com sementes e fertilizantes deve pressionar a rentabilidade e reduzir a margem de investimento em tecnologia. O Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA) está projetado em R$ 515,60 por hectare, queda de 47,86% em relação ao ciclo 2024/2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.