18/Sep/2025

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (17/09) na Bolsa de Chicago, refletindo o avanço da colheita nos Estados Unidos e a expectativa de uma safra recorde no país. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua estimativa de produção de 425,26 milhões para 427,11 milhões de toneladas. Um corte no rendimento foi mais do que compensado por um aumento na previsão de área colhida, que deve ser a maior desde 1933. O vencimento dezembro do grão recuou 2,75 cents (0,64%), e fechou a US$ 4,26 por bushel.

Preocupações em torno do rendimento das lavouras, no entanto, limitaram as perdas. Produtores e especialistas estão relatando altos níveis de doenças fúngicas em campos de milho no Meio Oeste dos Estados Unidos, o que pode levar a rendimentos menores do que os esperados pelo USDA. Para alguns analistas, a produtividade pode até ficar abaixo do número do ano passado. Dados de produção e estoques de etanol nos EUA vieram mistos e não tiveram grande impacto sobre as cotações.

No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. De acordo com a Administração de Informação de Energia, a produção média foi de 1,055 milhão de barris por dia na semana encerrada em 12 de setembro. O volume ficou abaixo do piso das estimativas de analistas. Os estoques somaram 22,6 milhões de barris. A ampla oferta do Brasil no mercado de exportação também influenciou os negócios. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que o País deverá exportar entre 6,20 milhões e 8,03 milhões de toneladas de milho em setembro.