17/Sep/2025

Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (16/09) na Bolsa de Chicago. Traders cobriram posições vendidas após uma leve piora na qualidade das lavouras nos Estados Unidos e um avanço da colheita mais lento do que o previsto. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 67% da safra estava em condição boa ou excelente no dia 14 de setembro, recuo de 1% ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 65%. Ainda, 7% da safra tinha sido colhida até o dia 14 de setembro, em comparação a 8% no ano passado e 7% na média. Analistas esperavam um progresso maior, para 9%.

O vencimento dezembro do grão subiu 6,25 cents (1,48%), e fechou a US$ 4,29 por bushel. A leve piora na condição das lavouras pode alimentar especulações em torno dos rendimentos do milho em 2025/2026. Produtores e especialistas estão relatando altos níveis de doenças fúngicas em campos de milho no Meio Oeste dos Estados Unidos, o que pode levar a rendimentos menores do que os esperados pelo USDA, segundo o Commerzbank. Para alguns analistas, a produtividade ainda deve cair significativamente e pode até ficar abaixo do número do ano passado. A relutância de produtores em vender milho aos preços atuais e a forte demanda pelo grão norte-americano também ajudaram a impulsionar os preços futuros.

O USDA informou que 1,51 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana encerrada em 11 de setembro, alta de 4,75% ante a semana anterior. Os ganhos foram sustentados ainda pelo recuo do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.