16/Sep/2025
Os futuros de milho fecharam em queda nesta segunda-feira (15/09) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros após a alta quase 3% acumulada na semana passada. A expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos também pressionou as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua estimativa de produção de 425,26 milhões para 427,11 milhões de toneladas. Um corte no rendimento foi mais do que compensado por um aumento na previsão de área colhida, que deve ser a maior desde 1933.
O vencimento dezembro do grão caiu 6,75 cents (1,57%), e fechou a US$ 4,23 por bushel. A colheita nos Estados Unidos foi outro fator de pressão para os contratos, embora muitos analistas acreditem que o impacto de doenças nas lavouras começará a aparecer à medida que os trabalhos avancem. Em duas semanas, haverá uma compreensão melhor da situação. Para alguns, o rendimento ainda deve cair significativamente e pode até ficar abaixo do número do ano passado. A demanda pelo grão norte-americano, no entanto, continua forte. O USDA informou que 1,51 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana encerrada em 11 de setembro, alta de 4,75% ante a semana anterior.
Além disso, exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 148.971 toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega em 2025/2026. No Brasil, a AgRural informou que o plantio da safra de verão (1ª safra 2025/2026) alcançou, no dia 11 de setembro, 17% da área estimada para o Centro-Sul do País, em comparação com 12% uma semana antes e 19% no mesmo período do ano passado. A semeadura continua concentrada nos três Estados da Região Sul, onde os trabalhos avançam conforme a umidade permite.