12/Sep/2025

A comercialização de milho está concentrada no atendimento da indústria local, enquanto os negócios para exportação movimentam volume abaixo da expectativa. O milho brasileiro segue em compasso de espera, com preços andando de lado na B3 e exportações sem a tração esperada no segundo semestre. O produto do Brasil está pouco competitivo nos portos em relação ao da Argentina e dos Estados Unidos. O mercado está parado, mesmo com os movimentos recentes na Bolsa de Chicago.

A dinâmica interna é marcada por produtores firmes nas ofertas e parte da indústria consumindo estoques. Há algum espaço para queda das cotações, mas a demanda doméstica está fortalecida e deve crescer ainda mais com a entrada em operação de novas usinas de etanol de milho em Mato Grosso entre dezembro e março. Esse reforço no consumo ajuda a explicar a cautela do produtor em ampliar as vendas no curto prazo.

No Paraná, na região de Maringá, a divergência quanto aos preços entre compradores e vendedores segura o ritmo de vendas. Para exportação, tradings indicam R$ 66,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em setembro e pagamento no fim de outubro. As vendas, no entanto, não ocorrem. Os vendedores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg, nas mesmas condições. Os compradores esperam que os preços baixem e o vendedor espera valores maiores. Com relação à safra 2025/2026, não há registro de negócios ou indicações de preços.

Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os compradores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em outubro e pagamento em 15 de novembro. Negócios pontuais acabam saindo de acordo com a necessidade do comprador. As vendas devem melhorar nos próximos meses à medida que houver necessidade de espaço para estocagem. Com relação à safra 2025/2026, há registro de negócios pontuais para exportação, na modalidade de barter, a R$ 50,30 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em julho e pagamento em setembro de 2026. Só sai negócio quando tem relação de troca de barter.