09/Sep/2025

A comercialização de milho pode ganhar ritmo a partir da segunda quinzena de setembro, quando vendedores devem fazer caixa para o fim do mês. Até lá, as negociações seguirão pontuais e apoiadas na demanda interna das indústrias. Para os próximos meses, as exportações de milho devem ganhar ritmo. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a comercialização de milho esbarra na divergência quanto aos preços entre compradores e vendedores. Indicações das indústrias e exportadoras variam entre R$ 51,00 e R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento imediatos.

O vendedor, por sua vez, indica entre R$ 58,00 e R$ 60,00 por saca de 60 Kg, nas mesmas condições. Os preços estão no mesmo patamar das semanas anteriores em função da demanda interna, ainda que pontual. As vendas da safra 2025/2026 seguem travadas, com indicações a R$ 51,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto. No Paraná, na região de Ponta Grossa, há mais negócios saindo para mercado interno, enquanto para o porto está travado. As indicações de vendedores estão entre R$ 62,00 e R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB, no curto prazo.

Alguns compradores indicam o mesmo valor, mas para pagamento em 75 dias. Os vendedores, no entanto, não se interessam. No porto, os preços chegam a R$ 66,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em outubro e pagamento em novembro. Os preços estão pressionados pelo excesso de oferta do cereal no Brasil, as expectativas da safra norte-americana e pelo dólar em queda. Para safra 2025/2026, as indicações estão entre R$ 63,00 e R$ 64,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada na fazenda em fevereiro e pagamento em abril.