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04/Sep/2025

Preços do milho estáveis com boa demanda interna

O mercado de milho brasileiro inicia setembro em ambiente de maior estabilidade, depois das quedas de preço em agosto. A sustentação agora vem da sazonalidade e das exportações que começam a ganhar ritmo. A exportação está abaixo do que se imaginava, mas o mercado interno está comprando bastante. Mesmo com cenário mais favorável, os estoques elevados e a produtividade acima da média impedem uma recuperação mais consistente no curto prazo. A competitividade brasileira segue limitada no mercado externo, mas a forte demanda interna tem funcionado como suporte mínimo.

A colheita da 2ª safra de 2025 na Região Centro-Oeste confirmou boa produtividade, ampliando a oferta. O pior cenário para os produtores, no pico da colheita, quando havia muito milho a céu aberto em Mato Grosso e Goiás, já passou. Agora, o produtor já liquidou o que não podia armazenar e o mercado começa a se equilibrar. Ainda assim, fatores externos podem gerar algum alívio pontual. Mesmo abaixo do esperado, o fluxo de exportação segue ativo e tende a aumentar com a chegada de mais navios nos próximos meses. No mercado interno, a firmeza da demanda tem evitado novas quedas.

No Paraná, na região de Cascavel, os preços estão estáveis, sem impulso para sair da faixa de preços observada desde a colheita da 2ª safra de 2025. Os negócios seguem entre R$ 55,00 e R$ 59,00 por saca de 60 Kg FOB, dependendo da localização e prazo. Há boa oferta e boa demanda, mas nada que justifique mudança significativa neste momento. No disponível, as negociações curtas aparecem próximas de R$ 56,00 por saca de 60 Kg, também sem alteração relevante. Para o milho safra de verão (1ª safra 2025/2026), a indicação de compra está entre R$ 62,00 e R$ 63,00 por saca de 60 Kg.

O vendedor não se anima porque sabe que, mais à frente, a oferta é naturalmente menor por causa do espaço dado à soja. E o comprador também está retraído, já que tem estoques carregados. Esse cenário deixa o mercado travado. Em Mato Grosso do Sul, na região de Chapadão do Sul, o cenário é o mesmo, com negócios disponíveis a R$ 44,00 por saca de 60 Kg FOB, retirada no armazém local e pagamento em 30 dias, valor repetido há vários dias e que chegou a R$ 45,00 por saca de 60 Kg no fim de agosto, mas sem liquidez. Para outubro, as indicações estão entre R$ 45,50 e R$ 46,00 por saca de 60 Kg. Para safra 2ª safra de 2026, as indicações estão entre R$ 47,00 e R$ 48,00 por saca de 60 Kg.