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04/Sep/2025

Futuros do milho recuam com realização de lucros

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (03/09) na Bolsa de Chicago. Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nas três sessões anteriores e acumulado valorização de 4,19% no período. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também influenciou os negócios. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do grão caiu 5,00 cents (1,18%), e fechou a US$ 4,18 por bushel.

O avanço da colheita no sul dos Estados Unidos e a expectativa de uma safra recorde no país, de mais de 400 milhões de toneladas, foram outros fatores baixistas para os preços. Sondagem da Allendale indicou uma produção de milho de 422 milhões de toneladas, com produtividade de 11,77 toneladas por hectare. As estimativas da consultoria vieram bem acima dos números da Pro Farmer, divulgados no mês passado, mas ainda abaixo das previsões mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A ampla oferta do Brasil e da Argentina também pesou sobre os contratos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou na semana passada que o Brasil deve ter embarcado 7,82 milhões de toneladas de milho em agosto, aumento de 21,8% em relação a igual período do ano passado.

Na Argentina, a colheita do grão está quase concluída, com produção estimada de 49 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. As perdas foram limitadas por uma leve piora na condição das lavouras dos Estados Unidos. Segundo o USDA, 69% da safra estava em condição boa ou excelente no dia 31 de agosto, recuo de 2% ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 65%. A forte demanda pelo grão norte-americano também impediu uma queda mais acentuada dos preços.