04/Sep/2025
Os futuros de milho reverteram perdas e fecharam em alta nesta terça-feira (02/09) na Bolsa de Chicago. A forte demanda pelo grão norte-americano acabou prevalecendo sobre a expectativa de uma safra robusta nos Estados Unidos. O vencimento dezembro do cereal ganhou 2,75 cents (0,65%), e fechou a US$ 4,23 por bushel. Até agora, as vendas semanais de milho da safra 2025/2026 dos Estados Unidos estão acima do ritmo necessário para que seja cumprida a meta de exportações estabelecida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a temporada, de 73 milhões de toneladas. Além disso, o USDA informou que 1,4 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana até 28 de agosto, aumento de 5,12% ante a semana anterior. No acumulado do ano comercial 2024/2025, que terminou em 31 de agosto, o volume inspecionado ficou em cerca de 67 milhões de toneladas, alta de 29% ante a temporada anterior.
Os ganhos foram limitados pelo avanço da colheita no sul dos Estados Unidos e pela expectativa de uma safra recorde no país, de mais de 400 milhões de toneladas. De acordo com a AgResource, os trabalhos começaram em áreas do Delta e no extremo sul do Meio Oeste. A ampla oferta do Brasil e da Argentina foi outro fator baixista para as cotações. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou na semana passada que o Brasil deve ter embarcado 7,82 milhões de toneladas de milho em agosto, aumento de 21,8% em relação a igual período do ano passado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita de milho 2ª safra de 2025 no País atingia, no dia 30 de agosto, 97% da área semeada. O avanço na semana foi de 2,2%. Em relação à média dos últimos cinco anos, os trabalhos estão 3,8%. Na Argentina, a colheita do grão está quase concluída, com produção estimada de 49 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.