28/Aug/2025

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (27/08) na Bolsa de Chicago, com a perspectiva de uma produção recorde nos Estados Unidos e a proximidade do início da colheita no país. Os usuários finais e importadores sabem que a oferta de milho dos Estados Unidos será enorme, e a urgência para compras além de dezembro é baixa. O vencimento dezembro do grão recuou 3,50 cents (0,85%), e fechou a US$ 4,06 por bushel.

Essa situação de oferta abundante é intensificada pela 2ª safra de 2025 do Brasil, que concorrerá com o milho norte-americano durante os próximos dois meses, pelo menos. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 7,82 milhões de toneladas de milho em agosto, aumento de 21,8% em relação a igual período do ano passado. As perdas foram limitadas pela forte demanda pelo milho dos Estados Unidos e pela relutância de produtores norte-americanos em vender o grão aos preços atuais.

A AgResource orientou que agricultores devem aproveitar qualquer alta nos preços para vender no mercado físico. Dados de produção e estoques de etanol nos Estados Unidos não tiveram grande impacto sobre as cotações. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. A Administração de Informação de Energia informou que a produção média foi de 1,070 milhão de barris por dia na semana encerrada em 22 de agosto. O número veio dentro das estimativas de analistas. Os estoques de etanol somaram 22,5 milhões de barris.