22/Aug/2025

A comercialização de milho no mercado interno segue pontual, desestimulada pelos baixos preços do grão. Os produtores seguram o cereal na expectativa de uma reação dos preços. Mas, o cenário é de maior pressão, mesmo com a colheita praticamente encerrada. Há riscos em manter as vendas travadas, quando a produção foi recorde e há limites de armazenagem. A estratégia do produtor de administrar as vendas tem limitado a pressão sobre as cotações internas. A expectativa é de que as exportações acelerem neste segundo semestre. Os preços do milho neste momento são influenciados pela ampla oferta interna e perspectivas de grande produção também nos Estados Unidos.

No Paraná, no Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega e pagamento em setembro e R$ 66,00 por saca de 60 Kg CIF, para pagamento no fim de outubro. Os vendedores indicam entre R$ 70,00 e R$ 71,00 por saca de 60 Kg. Os preços estão travados nesses números há bastante tempo. Para safra 2025/2026, os compradores indicam R$ 66,50 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos (SP), para entrega em julho e pagamento em agosto de 2026 ou R$ 68,50 por saca de 60 Kg, para entrega agosto e pagamento em setembro de 2026.

Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, a indicação para exportação está em torno de R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em setembro e pagamento em outubro. O preço não atrai os produtores. No mercado interno, a indicação é de R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega e pagamento até o fim de agosto. Para a safra 2025/2926, a indicação da indústria e de exportadores é de R$ 50,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em julho e pagamento em agosto de 2026. Os produtores buscam R$ 55,00 por saca de 60 Kg.